A etapa estadual da 2ª Conferência Nacional do Trabalho (II CNT) foi realizada nesta terça-feira (25), em Manaus, reunindo governo federal, trabalhadores e empregadores para debater os desafios do mercado de trabalho e propor ações voltadas ao trabalho decente. O evento ocorreu no auditório do SENAI, das 8h às 17h, e marcou um momento estratégico para construção de políticas públicas inclusivas.
Entre as lideranças presentes, o grande destaque foi Valdemir Santana, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, da Central Única dos Trabalhadores (CUT-AM) e do PT-Municipal. Com forte representatividade no cenário sindical e político, Santana ressaltou a importância histórica do debate. Ele afirmou que o Brasil está há mais de uma década sem discutir nacionalmente temas essenciais sobre o mundo do trabalho. No entanto, segundo ele, o Amazonas não ficou parado.
“Estamos na Conferência do Ministério do Trabalho levando a força da nossa indústria e a voz dos nossos trabalhadores. Somos a maior central sindical da América Latina e mostramos ao Brasil como se faz”, declarou. Com isso, Santana reforça o protagonismo nacional do estado, especialmente do setor metalúrgico.
Indústria amazonense como potência nacional Durante o evento, Valdemir enfatizou que o setor metalúrgico do Amazonas é referência nacional. Afinal, o Polo Industrial de Manaus se consolidou como líder na fabricação de motos, bicicletas, aparelhos de ar-condicionado e celulares. Essa produção robusta fortalece não apenas a economia do estado, mas também a competitividade do país.
Com isso, a conferência reforçou o papel decisivo do Amazonas no desenvolvimento industrial brasileiro. Como afirmou Santana: “Da Amazônia para o Brasil!”
Espaço de diálogo e construção coletiva Coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a conferência é um espaço tripartite, democrático e paritário. Dessa forma, reúne trabalhadores, empregadores e governo para construir propostas que serão encaminhadas à etapa nacional da conferência, prevista para março de 2026, em São Paulo.
Diagnóstico aponta avanços e desafios O Diagnóstico do Trabalho Decente no Amazonas apresentou avanços importantes. Hoje, 56,6% da força de trabalho do estado está formalizada. Além disso, a taxa de desocupação ficou em 7,3%, enquanto o rendimento médio atingiu R$ 2.624 — equivalente a 1,7 salário mínimo.
Mesmo assim, ainda existem desafios significativos. Entre eles estão a ampliação da qualificação profissional, a redução das desigualdades de gênero e raça e a prevenção do trabalho infantil e forçado, sobretudo em áreas rurais e ribeirinhas. Portanto, a conferência surgiu como ferramenta essencial para enfrentar essas questões.
Compromisso com um Amazonas mais inclusivo A superintendente regional do Trabalho no Amazonas, Maria Francinete Lima, destacou que o encontro reforça o compromisso com o desenvolvimento sustentável. “A II Conferência é uma oportunidade de ouvir a sociedade amazonense, valorizar a diversidade regional e propor soluções que fortaleçam o trabalho decente”, afirmou.
Com a forte participação de Valdemir Santana e das principais lideranças sindicais e políticas do estado, o Amazonas se posiciona como um dos protagonistas na construção de um futuro mais digno e justo para quem trabalha.
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