MANAUS — A Polícia Civil do Amazonas investiga Alexsandro da Silva, conhecido como “Branco”, por seu possível envolvimento em oito desaparecimentos. As vítimas incluem duas mulheres e seis crianças, e os casos aconteceram entre 2024 e 2025 em municípios do interior do estado.
Alexsandro, de 36 anos, fugiu do presídio de Tefé no dia 14 de julho de 2025, onde estava preso desde maio pelo sumiço de Ana Paula da Costa Barbosa e seus dois filhos.
Mãe e filhos desapareceram em abril de 2024 A jovem Ana Paula, de 28 anos, vivia com Alexsandro em Tefé desde o início de 2023. No entanto, no dia 23 de abril de 2024, ela e os filhos, Kauã Miguel (9 anos) e Maria Ísis (6 anos), desapareceram sem deixar rastros.
Durante meses, a família procurou por conta própria, mas só em fevereiro de 2025 decidiu registrar o boletim de ocorrência. Essa demora comprometeu as primeiras etapas da investigação, segundo a Polícia Civil.
Além disso, Alexsandro dificultou o trabalho dos investigadores ao dar informações falsas. Ele afirmou que Ana Paula havia viajado para Manaus, o que não se confirmou.
Familiares de desaparecidos realizam protesto segurando cartazes e cobrando respostas das autoridades sobre o caso de Alexsandro da Silva, suspeito de sumiço de mulheres e crianças no Amazonas. Após a fuga, surgiram novas pistas Depois que Alexsandro escapou do presídio, o pai das crianças reuniu amigos e iniciou uma busca por conta própria nas comunidades da região. Em uma delas, moradores revelaram que, no início do ano, haviam encontrado corpos em decomposição, roupas infantis e malas jogadas no mato. No entanto, por medo, eles não denunciaram o caso.
O grupo retornou ao local no fim de julho e localizou uma cabana com pertences do suspeito. Perto dali, também encontraram ossadas humanas, que foram enviadas para perícia em Manaus. A família de Ana Paula já forneceu material genético para o exame de DNA.
Investigações ligam Alexsandro a outro desaparecimento Durante as buscas, os policiais identificaram outro desaparecimento com ligações diretas ao fugitivo. Em outubro de 2024, Hevilyn Kalena de Souza Solart, de 25 anos, desapareceu junto com os filhos Yuri Kalel (4 anos) e Hanna Sophia (9 anos) quando viajavam de Tefé para Manaus.
Na casa de Alexsandro, os agentes encontraram uma certidão de nascimento de uma das crianças. A descoberta motivou a abertura de um segundo inquérito.
Além dessas cinco vítimas, o suspeito pode estar envolvido em mais dois casos: o sumiço de sua própria filha, de cerca de 10 anos, e de um homem conhecido como senhor Paulista.
Padrão de comportamento preocupa autoridades O delegado Marcelo Lopes , responsável pelas investigações em Alvarães, explicou que Alexsandro apresenta um comportamento repetido. Ele se aproxima de mulheres em situação de vulnerabilidade, geralmente mães solo, e as convence a se afastar da família. “Esse padrão se repete nos dois inquéritos”, afirmou o delegado.
Alexsandro tem antecedentes por estupro de vulnerável, violência doméstica e apropriação indébita. Mesmo assim, ele conseguiu escapar do sistema penitenciário. A Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas nega qualquer facilitação na fuga, mas os familiares desconfiam do contrário.
Polícia pede ajuda da população As buscas pelo fugitivo continuam. A Polícia Civil pede que qualquer informação sobre o paradeiro de Alexsandro da Silva, o Branco , seja repassada anonimamente pelo Disque 181 .
Alexsandro da Silva, o Branco, foragido do presídio de Tefé, sem barba, investigado por desaparecimento de mulheres e crianças no interior do Amazonas. Alexsandro da Silva, conhecido como Branco, foragido do presídio de Tefé, com barba cheia, suspeito de envolvimento em desaparecimentos no Amazonas.
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