O Ministério Público do Amazonas (MPAM) denunciou dois ex-funcionários de um banco por fraude financeira e furto qualificado. Os acusados atuavam em agências bancárias de Manaquiri (AM) e em cidades do Estado de São Paulo. O esquema causou um prejuízo superior a R$ 500 mil. Por isso, o caso ganhou destaque entre os crimes contra o sistema financeiro.
Golpe foi aplicado por meio de acesso privilegiado As investigações revelaram que os ex-funcionários ocupavam cargos de confiança: gerente administrativo e gerente de negócios. Com isso, eles acessaram sistemas internos do banco e abriram contas falsas em nome de terceiros.
Além disso, criaram limites de crédito indevidos e solicitaram resgates de previdência privada sem autorização das vítimas. Dessa forma, obtiveram acesso direto a recursos financeiros alheios.
Para piorar, os acusados alteraram dados cadastrais, como telefones e senhas, com o objetivo de dificultar o rastreamento das transações.
Atuação foi além do Amazonas Inicialmente , os crimes aconteceram em Manaquiri. No entanto , o MPAM descobriu que os réus também cometeram fraudes em agências de outras cidades do Amazonas e do Estado de São Paulo.
Ao todo , eles abriram pelo menos quatro contas com dados falsos, o que permitiu a movimentação de altas quantias de forma ilegal. Consequentemente , o prejuízo superou a marca de meio milhão de reais.
Um confessou o crime; o outro está foragido Durante a apuração interna conduzida pelo próprio banco, um dos investigados confessou a participação no esquema. Por outro lado, o segundo acusado negou envolvimento, mas desapareceu e segue foragido.
Diante disso, o MPAM solicitou a prisão preventiva do réu foragido, com o objetivo de garantir o cumprimento da lei penal e evitar a impunidade.
Promotor apresenta denúncia por furto qualificado O promotor de Justiça Caio Lúcio Fenelon Assis Barros apresentou a denúncia à Vara Única da Comarca de Manaquiri. Ele classificou o crime como furto qualificado por fraude e abuso de confiança, conforme o artigo 155, §4º, incisos II e IV, do Código Penal.
Como os réus não contrataram advogados, o Ministério Público solicitou que a Defensoria Pública do Estado do Amazonas assumisse a defesa.
MP destaca gravidade dos fatos O promotor destacou que a atuação dos acusados foi estruturada e sistemática. Segundo ele, os ex-funcionários usaram o acesso privilegiado para explorar vulnerabilidades da instituição.
“Eles não cometeram um desvio isolado. Pelo contrário, montaram um esquema organizado, o que agrava ainda mais a responsabilidade penal”, declarou Fenelon.
Por fim, ele afirmou que a responsabilização dos envolvidos é essencial para proteger a ordem pública e manter a confiança no sistema bancário nacional.