Criança chegava em casa com marcas e chorando por medo de ir à escola
Duque de Caxias – RJ – Uma mãe denunciou à 59ª DP (Duque de Caxias) que seu filho de 4 anos foi vítima de agressões pelo diretor do Jardim Escola Arco Íris do Gramacho , na Baixada Fluminense. A suspeita surgiu após a criança chegar repetidamente em casa com marcas no corpo , chorando e demonstrando medo de frequentar a escola.
A confirmação veio quando a mãe recebeu, de um perfil anônimo, um vídeo chocante que mostra o diretor da escola, Ananias Nogueira , conhecido como Tio Nandi , sacudindo a criança violentamente contra a parede.
Vídeo revela agressão brutal Ao assistir às imagens, a mãe sofreu uma crise de ansiedade e, desesperada, procurou a delegacia para registrar a denúncia. Segundo ela, a escola sempre justificava os hematomas do filho dizendo que ele se machucava em crises de birra .
Em abril de 2023, a instituição chegou a emitir um relatório recomendando que o menino fosse afastado até que estivesse “calmo e medicado” , mesmo sem qualquer diagnóstico médico. Meses depois, ele foi diagnosticado com hiperatividade e passou a ser acompanhado por um neuropsicólogo.
Imagens mostram a violência do diretor As imagens das câmeras de segurança mostram a criança em pé, de frente para a parede, sendo acolhida por uma professora. Em seguida, Ananias Nogueira surge e agride o menino , puxando-o pelo braço e jogando-o violentamente contra a parede. Depois, segura o corpo da criança e a sacode com força antes de arremessá-la ao chão.
A mãe ficou em choque ao ver a cena:
“Eu nunca imaginei que meu filho estaria passando por isso na escola.”
Escola afasta diretor e se manifesta Inicialmente, Ananias afirmou que não comentaria o caso por motivos de saúde . Posteriormente, a escola divulgou uma nota de repúdio , alegando que sempre priorizou o bem-estar dos alunos e que colaborará com as investigações.
“Somos uma escola rígida, atenta e de ambiente familiar e religioso. Há 27 anos educamos crianças e jovens em nossa cidade. Reiteramos nosso compromisso com a segurança e o bem-estar dos alunos” , diz o comunicado.
O Conselho Tutelar acompanha o caso, enquanto a polícia segue investigando a denúncia. A família também acionou o Ministério Público para questionar a tentativa da escola de afastar o menino sem justificativa médica.