Trabalhadores e dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas dizem que é preocupante e inaceitável a quantidade de ‘carreteiros’ instalados na rotatória em frente à fábrica da Jabil Industrial do Brasil, antiga Gradiente, no Distrito Industrial em Manaus.
De acordo com a sindicalista e representante da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, Cátia Cheve, os carreteiros instalaram de oficina mecânica para lanternagem e pintura, a borracharias e barracas para moradia dos motoristas de carretas, em pleno canteiro da Rotatória.
Isso sem contar com os rotineiros acidentes de carretas desgovernadas, que atingem os veículos dos trabalhadores. “Os acidentes com prejuízos materiais são quase diários”, comenta Catia.
Placas oferecendo serviço abertamente – foto: divulgação Favelão carreteiro
Antes com ruas e Avenidas organizadas, o Distrito Industrial em Manaus se vê invadido por todo tipo de comércio ambulante e, agora, com os condutores de carretas fazendo das Rotatórias (Bolas) e áreas verdes, local de moradias com barracos improvisados feitas com lonas e madeiras trazidas em suas carrocerias e dezenas de carretas estacionadas ao longo das pistas e nos canteiros à beira das avenidas.
Pior que isso, resolveram montar oficinas clandestinas no meio da rua, sem nenhuma fiscalização da Superintendência da Suframa e nem dos órgãos responsáveis pela manutenção da área destinada ao setor industrial no Estado.
Oficina de lanternagem, pintura e moradia nas rotatórias do Distrito Industrial – foto: divulgação Stúdio 5
Aproveitando o muro na localidade do Stúdio 5, os motoristas de carretas resolveram montar um verdadeiro ‘condomínio de barracos favela’, com dezenas de caminhoneiros morando no local. Em determinadas áreas é possível ver bares, restaurantes e lanchonetes no comércio improvisado para atender dezenas de carreteiros.
“Eles param as carretas de qualquer jeito, atrapalhando o trânsito e, principalmente, causando danos aos automóveis dos trabalhadores da fábrica Digiboard”, informou o diretor de Comunicação dos Metalúrgicos, Abel Magalhães.
Abel disse que é preciso o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva sair do gabinete, da zona de conforto, para fiscalizar o ‘favelão carreteiro’, que está sendo instalado nas ruas e avenidas do Distrito Industrial.
Oficinão a céu aberto
*Correio da Amazônia